Ana Marcela Cunha é quinto lugar nos 10km no Mundial de Gwangju e conquista vaga para Tóquio 2020

5 anos ago 0

Disputa foi marcada por uma chegada disputadíssima. Brasileira ficou a seis décimos de segundo da medalha de prata. Segunda atleta do páis na prova, Viviane Junbglut foi a 12ª, a oito décimos da vaga olímpica
Luiz Roberto Magalhães – de Gwangju, na Coreia do Sul – rededoesporte.gov.br
Fotos: Satiro Sodré SSPress

A brasileira Ana Marcela Cunha carimbou, na manhã deste domingo (14.07) na Coreia do Sul, noite de sábado (13.07), no Brasil, o passaporte para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A vaga foi conquistada em uma prova fortíssima, marcada por uma chegada emocionante no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju, e veio com o quinto lugar nos 10km das maratonas aquáticas, única prova olímpica da modalidade.
Com o tempo de 1h54min50s5, Ana Marcela ficou a apenas seis décimos de segundo da medalha de bronze e com a mesmo tempo das sexta e sétimas colocadas. A segunda brasileira na disputa, Viviane Jungblut, terminou em 12º, a apenas oito décimos de segundo de ter conquistado a vaga olímpica. As dez primeiras colocadas na prova garantiram a classificação para Olimpíadas no Japão (veja lista abaixo).

Viviane Jungblut. Prova dos 10km. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 14 de Julho de 2019, Yeosu, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

“Estou feliz por estar na Olimpíada. É gostoso ter um ano para se preparar para estar lá, pois meu sonho é uma medalha olímpica”
Ana Marcela Cunha, nadadora de maratonas aquáticas

Prova dos 10km. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 14 de Julho de 2019, Yeosu, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Competindo nas águas na baía do Yeosu Expo Ocean Park, na cidade de Yeosu, distante uma hora e meia de ônibus de Gwangju, Ana Marcela e Viviane Jungblut participaram de uma disputa muito intensa em uma prova que reuniu as maiores atletas das maratonas aquáticas da atualidade. Estavam na água, por exemplo, a campeã olímpica no Rio 2016, a holandesa Sharon van Rouwendall, e a medalha de prata nos Jogos do Brasil, a italiana Rachele Bruni, além da bicampeã mundial da prova, a francesa Aurelie Muller, ouro em Kazan 2015 e em Budapeste 2017.
A chegada foi uma das mais disputadas da história dos 10km. A campeã foi a chinesa Xin Xin, que assumiu a liderança nos últimos 200 metros e cruzou a linha de chegada com o tempo de 1h54min47, apenas um segundo à frente da norte-americana Haley Anderson (1h54min48), que por sua vez foi apenas um segundo e nove décimos mais rápida do que a terceira colocada, Rachele Bruni (1h45min49).
O segundo pelotão, do qual Ana Marcela fez parte, foi ainda mais embolado, com cinco atletas na casa dos 1h54min50 segundos e distantes umas das outras por diferenças de décimos de segundo.

Ana Marcela Cunha. Prova dos 10km. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 14 de Julho de 2019, Yeosu, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

“Comparando com Kazan, para mim foi um resultado muito melhor. Apesar de em Kazan eu ter ficado em terceiro e ter classificado para a Olimpíada (do Rio 2016), a gente tomou quase 20 segundos de diferença da Aurelie (Aurelie Muller) e da Sharon (Sharon van Rouwendall). Na verdade, acho que é a primeira vez que a prova feminina foi decidida tão junto. Do terceiro até o sexto, sétimo (na verdade até o oitavo lugar), foi muito apertado”, analisou Ana Marcela Cunha.
Apesar disso, a supercampeã baiana, dona de nove medalhas em campeonatos mundiais – três de ouro, duas de prata e quatro de bronze –, confessou que sentiu um gostinho amargo por ter ficado fora do pódio.
“Estou feliz por estar na Olimpíada. É gostoso ter um ano para se preparar para estar lá, pois meu sonho é uma medalha olímpica. Mas estou meio triste por não conseguir uma medalha, porque eu venho de três mundiais sempre disputando. Mas é isso. Temos agora que colocar a cabeça no lugar. Temos o 5km, o revezamento e os 25km e quero me preparar bem para as outras provas e fazer um bom mundial, como a gente tem feito”.

Ana Marcela Cunha. Prova dos 10km. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 14 de Julho de 2019, Yeosu, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

300 metros
Indagada sobre qual foi o momento mais difícil da prova, Ana Marcela disse que os últimos metros fizeram a diferença para todos os envolvidos, inclusive as atletas que conquistaram as medalhas.
“Nos últimos trezentos metros eu estava em primeiro e segundo junto com a Aurelie, que terminou em 11º. A prova foi muito forte. A gente nadou para uma hora, cinquenta (minutos) e pouco. Normalmente, a gente nada para duas horas, duas horas e seis, nessa casa. Essa prova é seletiva olímpica, não tem jeito, todo mundo vai nadar 200% aqui”, ressaltou.
Para ela, o destino de Aurelie Muller, 11ª na prova deste domingo, comprova o altíssimo nível técnico da competição na Coreia. “Aqui, a campeã mundial do ano retrasado, em Budapeste 2017, que é a bicampeã mundial na verdade, porque ganhou em Kazan 2015 também, não se classificou para a Olimpíada. Maratona é isso. Você está bem hoje e amanhã pode não ter um bom resultado. Eu já fui 11ª também em 2012, seu como é isso, e tenho certeza de que ela vai vir com tudo para nadar a prova dos 5km”.
Para Ana Marcela, o fato de ela ter se segurado nos momentos decisivos é outro fator que merece ser celebrado. “Ter aguentado e ter tido um sprint final razoavelmente bom me deixa feliz. A chinesa, a Xin Xin, surpreendeu muito no final de prova, apesar de ela já ter nadado muito bem

Prova dos 10km. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 14 de Julho de 2019, Yeosu, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Pódios desde Roma 2009
Os atletas das maratonas aquáticas têm contribuído bastante para o sucesso do Brasil nos Campeonatos Mundiais de Desportos Aquáticos. Desde a edição de Roma 2009, quando Poliana Okimoto se tornou a primeira nadadora brasileira a subir ao pódio, com o bronze nos 5km, os representantes do país na modalidade faturaram medalhas em todas as edições seguintes: Xangai 2011, Barcelona 2013, Kazan 2015 e Budapeste 2017.

No total, o Brasil tem 13 medalhas em Campeonatos Mundiais nas maratonas aquáticas: 4 de ouro, 3 de prata e 6 de bronze. Confira a lista de pódios do Brasil na competição:

Ouro
» Xangai 2011 – Ana Marcela Cunha – 25km
» Barcelona 2013 – Poliana Okimoto – 10km
» Kazan 2015 – Ana Marcela Cunha – 25km
» Budapeste 2017 – Ana Marcela Cunha – 25km

 

Prata
» Barcelona 2013 – Poliana Okimoto – 5km
» Barcelona 2013 – Ana Marcela Cunha – 10km
» Kazan 2015 – Allan do Carmo, Ana Marcela Cunha e Diogo Villarinho – Equipe 5km

 

Bronze
» Roma 2009 – Poliana Okimoto – 5km
» Barcelona 2013 – Ana Marcela Cunha – 5km
» Barcelona 2013 – Allan do Carmo, Poliana Okimoto e Samuel de Bona – Equipe 5km
» Kazan 2015 – Ana Marcela Cunha – 10km
» Budapeste 2017 – Ana Marcela Cunha – 5km
» Budapeste 2017 – Ana Marcela Cunha – 10km

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