Aos 39 anos, Nicholas Santos conquista o bronze nos 50m borboleta no Mundial de natação em Gwangju

5 anos ago 0

Pódio foi o primeiro do Brasil na natação em Gwangju e o terceiro do velocista paulista em mundiais. Guilherme Guido confirma vaga na final dos 100m costas
A bandeira do Brasil subiu pela terceira vez no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju nesta segunda-feira (22.07). Depois dos ouros de Ana Marcela Cunha nos 5km e nos 25km nas maratonas aquáticas, na semana passada, coube a um nadador cuja longevidade na carreira é algo impressionante levar o país ao primeiro pódio da natação na Coreia do Sul.
Aos 39 anos, o paulista Nicholas Santos conquistou a medalha de bronze nos 50m borboleta e, assim, chegou ao terceiro pódio seguido, repetindo os feitos das edições de Kazan 2015, na Rússia, e de Budapeste 2017, na Hungria, quando foi prata na prova. Ele terminou a final com o tempo de 22s79, apenas um centésimo de segundo à frente do quarto colocado, o norte-americano Michael Andrew (22s80).

Nicholas Santos. 50m borboleta. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 22 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

O ouro ficou com o norte-americano Caeleb Dressel, que tinha quebrado o recorde do torneio nas eliminatórias, com 22s57, e baixou a marca para 22s35 na final. A prata foi para o Russo Oleg Kostin, com 22s70. Dressel é 17 anos mais novo que Nicholas e Kostin é 12 anos mais novo.
Ao falar sobre sua medalha, Nicholas fez questão de ressaltar e agradecer o convite que recebeu da Federação Internacional de Natação (Fina) para competir em Gwangju. O nadador não havia sido convocado para o Mundial pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, pois os 50m borboleta não é uma prova olímpica e a confederação estabeleceu como critério levar apenas atletas com índices em provas olímpicas para a Coreia.
“Para mim é fantástico. Eu nem viria para cá se não fosse o convite oficial da Fina. Eu tinha feito o primeiro tempo do mundo este ano, com 22s60 (na etapa da Copa dos Campeões da Fina, em Budapeste) e fico satisfeito, aos 39 anos, de ganhar mais uma medalha em Mundial, um bronze. É a primeira medalha do Brasil e vamos torcer por nossos outros nadadores para que venham outras conquistas”, comemorou Nicholas.

Nicholas Santos. 50m borboleta. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 22 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Longevidade
Indagado sobre qual o segredo para nadar um Mundial e chegar ao pódio aos 39 anos, Nicholas enumerou uma série de fatores que, segundo ele, fazem com que se mantenha competitivo, mesmo tendo que medir forças com rivais bem mais novos. “Na idade em que estou, o primeiro ponto é que tive que escolher uma prova, no caso os 50m borboleta. Não posso nadar os 50m, os 100m borboleta, os 50m livre. Eu foquei nessa prova, pela qual tenho muito carinho e mais facilidade para nadar”, ressaltou o nadador.

Nicholas Santos. 50m borboleta. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 21 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Nicholas revelou que algumas coisas mudaram nos últimos anos em sua preparação e também na vida pessoal depois que se tornou pai. “Hoje meus treinos são bem intensos, só que não têm um volume grande, o que facilita bastante para minha recuperação. Outro ponto que cuido bastante é a alimentação. E tem também o descanso. Tento conciliar tudo isso com minha família e com meu filho. Sendo pai dividir isso aí é bem puxado”, avaliou.
“Não tenho muita folga. Eu não tenho mais fim de semana e aquela dormidinha que todo nadador dá à tarde não existe mais para mim há quase três anos. E tem também o fator genético mesmo, que não tem como justificar e é uma coisa que nasci com isso. Aproveito o que recebi, agradeço aos meus pais também e tento cuidar de tudo o que posso, sempre com foco no treino”, ensina.
Outro fator que pode ser considerado um diferencial é o trabalho psicológico que Nicholas faz para seguir no esporte de alto rendimento. “Eu faço meditação todo dia e o que mudei é viver o momento presente, não ficar pensando amanhã, ou depois, ou no ano que vem. Eu vivo o presente. Eu foco e tento fazer o meu melhor todo dia”.
Apesar disso, ele não abre mão de planejar seus próximos passos. E, pelo que revelou de seus planos, aposentadoria é algo que ainda está longe do vocabulário, já que além de mirar os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Nicholas Santos ainda sonha disputar o Mundial de 2021, que será em Fukuoka, no Japão.
“Depois daqui tem o Brasileiro, Copa do Mundo e vou tentar a prova dos 50m livre para a Olimpíada. Tem o Mundial em Fukuoka, em 2021 e o Mundial de Piscina Curta, ano que vem, no qual sou recordista mundial da prova e vou tentar defender o título”, disse, referindo-se ao torneio que será disputado em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Guilherme Guido. 100m costas. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 22 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Guido na final dos 100m costas
O Brasil estará representado na final dos 100m costas em Gwangju. Também nesta segunda à noite, Guilherme Guido, que pela manhã na Coreia quebrou o recorde sul-americano nas eliminatórias da prova com 52s95, nadou a primeira das duas séries da semifinal e se classificou entre os oito que disputam a final com 53s23, na sétima posição.
“O passo de manhã, nas eliminatórias, foi dado, que era nadar para 52 segundos. A gente queria repetir os 52 na semifinal, claro, mas o objetivo maior era a vaga na final. Estando na final, as posições oscilam muito. Acho que agora praticamente todo mundo vai nadar para 52. Quero tentar bater esses 52 que já fiz aqui”, disse Guido, que nada a final dos 100m costas na noite desta terça-feira (23.07) em Gwangju, manhã de terça no Brasil.

Por fim, nos 200m livre, Fernando Scheffer por muito pouco também não conquistou seu lugar na final. Ele nadou a primeira serie da semifinal em 1min45s83 e terminou a disputa na 9ª posição na colocação geral, atrás oito centésimos de segundo do oitavo e último classificado para a final, o italiano Filippo Megli.
“Acho que consegui aplicar o que tínhamos arrumado da prova da manhã. Conseguimos ajustar detalhes que não tinham encaixado bem. Foi pouca distância para a final e talvez tenha faltado um detalhezinho, mas faz parte”, disse Scheffer, que agora volta as atenções para o revezamento 4 x 200m livre.
“Acho que o time está muito bem. Agora é descansar bastante, dar uma olhada na prova e ver o que posso melhorar para ajudar o time da melhor forma possível nesse revezamento”, encerrou o nadador.

Nicholas Santos. 50m borboleta. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 21 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Os brasileiros em Gwangju
A Seleção Brasileira de natação no Mundial de Gwangju é formada por 19 homens e duas mulheres. Veja a lista dos atleta e quais provas em disputam na Coreia do Sul:
Masculino
» Bruno Fratus – 50m livre
» Nicholas Santos – 50m borboleta
» Pedro Spajari – 100m livre
» João de Lucca – revezamento 4 x 200m livre
» Marcelo Chierighini – 50m livre, 100m livre e revezamento 4 x 100m livre
» Luiz Altamir Melo – 400m livre, 200m borboleta e revezamento 4 x 200m livre
» Fernando Scheffer – 200m livre
» Breno Correia – 200m livre, 100m livre e revezamento 4 x 100m livre
» Guilherme Guido – 100m costas e 50m costas
» Vinicius Lanza – 50m e 100m borboleta
» João Gomes Júnior – 100m peito e 50m peito
» Leonardo Santos – 200m medley e 200m costas
» Leonardo de Deus – 200m costas
» Caio Pumputis – 200m medley e 200m peito
» Brandonn Almeida – 400m medley
» Diogo Villarinho – 1500m livre
» Guilherme Costa – 1500m livre e 800m livre
» Felipe Lima – 100m peito, 50m peito e revezamento 4 x 200m
» André Calvelo – 4 x 100m livre
Feminino
» Etiene Medeiros – 50m costas e 50m livre
» Viviane Jungblut – 800m e 1500m livre

Joao Gomes Jr. 100m peito. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 21 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Investimento
Dos 21 atletas que nadarão no Mundial de Gwangju, 15 são beneficiados pelo Bolsa Atleta do Governo Federal. São eles: Bruno Fratus, Pedro Spajari, Luiz Altamir Melo, Fernando Scheffer, Breno Correia, Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Leonardo Santos, Caio Pumputis, Brandonn Almeida, Diogo Villarinho, Guilherme Costa, André Calvelo, Etiene Medeiros e Viviane Jungblut. O investimento nesses atletas é de R$ 1,2 milhão por ano.
Desses 15 nadadores, dez recebem a Bolsa Pódio, a mais alta categoria do programa, voltada para atletas com chances de medalha em Tóquio 2020. São eles: Brandonn Almeida, Bruno Fratus, Diogo Villarinho, Fernando Scheffer, Guilherme Costa, Guilherme Guido, João Lucas Gomes, Luiz Altamir Melo, Pedro Spajari e Viviane Jungblut. O investimento anual nesses atletas é de R$ 1 milhão.
No total, 263 nadadores de todo o país são bolsistas, fruto de um investimento de R$ 3 milhões por ano.

Luiz Roberto Magalhães, de Gwangju, na Coreia do Sul – rededoesporte.gov.br
Fotos: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

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