Etiene Medeiros é prata nos 50m costas no Mundial de Gwangju

5 anos ago 0

Pernambucana chegou, na Coreia, ao terceiro pódio seguido na prova em mundiais de piscina longa, o sexto seguido, levando-se conta os mundiais em piscina curta

A pernambucana Etiene Medeiros, 28 anos, conquistou, na noite desta quinta-feira (25.07) em Gwangju, na Coreia do Sul, manhã de quinta no Brasil, a sexta medalha do Brasil no Campeonato Mundial de Desportos Aquáticos deste ano. Etiene terminou a disputa da final dos 50m costas, prova não olímpica, com o tempo de 27s44 e, com isso, garantiu a medalha de prata. Foi o terceiro pódio seguido da atleta na prova em mundiais de piscina longa. A brasileira foi prata na edição de Kazan, na Rússia, em 2015, e campeã em Budapeste 2017, quando se tornou a primeira nadadora do país a subir no degrau mais alto do pódio em mundiais de piscina longa (50m, a piscina olímpica).
A prova foi marcada por surpresas. Uma das cotadas ao pódio era a norte-americana Kathleen Baker, que tem um currículo estrelado: ouro no revezamento 4 x 100m medley e prata nos 100m costas no Rio 2016, e ouro no revezamento 4 x 100m medley, prata nos 100m e nos 200m costas no Mundial de Budapeste 2017. Ela terminou em sexto: 27s69.
O ouro ficou com a norte-americana Olivia Smoliga (27s33), que foi ouro nos Jogos Rio 2016 no 4 x 100m medley e ouro em Budapeste 2017 no 4 x 100m livre e 4 x 100m medley, mas que tinha feito o sexto melhor tempo das semifinais. O bronze foi para a russa Daria Vaskina (27s51).
“São seis mundiais, tanto em longa quanto em curta, sempre subindo no pódio e é uma emoção muito louca. Eu acho que tem muita coisa dentro de mim que estou colocando pra fora. Quem me acompanha sabe que aquela menininha lá de 2013 (no Mundial de Barcelona de piscina longa), que ficou em quarto (nos 50m costas), hoje está aí mais uma vez representando o Brasil e ganhando medalha”, declarou a atleta, que também acumula três ouros, uma prata e um bronze em mundiais de piscina curta (25m).

“Para mim, isso representa muita coisa. É esforço, treinamento. Tive que abdicar de muita coisa. Representar uma nação, representar o Nordeste, representar a mulher e o negro, em si, que a gente não vê isso fácil no esporte, é bom demais”
A nadadora também mandou um recado para os que tentam minimizar os feitos dos nadadores do país pelo fato de eles subirem ao pódio em provas não olímpicas, como os 50m costas. Ela também fez uma crítica à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), que estabeleceu como critério levar apenas atletas com índices em provas olímpicas para a Coreia. Etiene ainda nadará em Gwangju os 50m livre na noite desta sexta-feira, no Brasil, e, por se tratar de uma prova olímpica, teve as despesas pagas para o Mundial em Gwangju.
“O nosso critérios do Maria Lenk (disputado em abril, no Rio de Janeiro, e que estabeleceu os índices para o Mundial de Gwangju) não foram legais. Eu não estou de acordo com o critério de tirar as provas não olímpicas. Essa prova com certeza me deu a final nas Olimpíadas (Rio 2016) nos 50m livre”, defendeu. “O que construí até chegar às Olimpíadas foi por conta dessa prova. Em 2008, fui medalhista no Mundial Júnior por conta dessa prova. Então, não me entra na cabeça tirar recursos para os 50m estilo. O que a gente tem no Brasil, a gente tem que manter e fortalecer o outro lado. As pessoas querem tirar. O Nicolau (Nicholas Santos, medalha de bronze nos 50m borboleta, em Gwangju, prova não olímpica) veio aqui pela Fina (que o convidou para disputar a prova e pagou suas despesas). Eu tenho orgulho daquele cara. Tirar recursos dos 50m estilo não existe”, ponderou a nadadora.

100m livre masculino
Além da final de Etiene, o Brasil disputou nesta quinta-feira a final dos 100m livre, considerada uma das provas mais nobres da natação. Dois nadadores do país alinharam entre os oito em busca da medalha na piscina da Nambu University: Marcelo Chierighini e Breno Correia. Marcelo, 28 anos, terminou na 5ª colocação, com 47s93, e Breno, de 20 anos, foi o 8º, com 48s90. O ouro ficou com o fenômeno norte-americano Caeleb Dressel, 22 anos, que venceu com 46s96 e por seis centésimos de segundo não quebrou o recorde mundial de Cesar Cielo na prova, que é de 46s91.
A marca de Cielo foi estabelecida em 30 de julho de 2009, no Mundial de Roma, quando o campeão olímpico nadou com super maiô, traje que reduzia a resistência do atleta na água e que teve o uso banido pela Federação Internacional de Natação no fim de 2009. A prata ficou com o australiano Kyle Chalmers, com 47s08, e o bronze foi para o russo Vladislav Grinev, com 47s82.
Com o resultado, Dressel, ouro nos revezamentos 4 x 100m livre e 4 x 100m medley no Rio 2016, chegou à décima medalha de ouro em Mundiais (ele conquistou sete ouros em Budapeste 2017), a terceira medalha dourada dele em Gwangju. Caeleb soma, ainda, uma prata, conquistada neste mundial da Coreia, no revezamento 4 x 100m medley misto.
“Hoje senti um pouquinho nos últimos 15 metros”, lamentou Chierighini, que teria ficado com o bronze se tivesse repetido o tempo da semifinal na prova (47s76). “Agora tem os 50m livre amanhã, tem o revezamento 4 x 200m livre ainda, então tenho que preparar a cabeça”.

Caeleb Dressel. 100m livre. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 25 de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Dois recordes mundiais
A noite de quinta-feira na piscina da Nambu University foi marcada, ainda, por dois recordes mundiais. Na semifinal dos 200m peito, o australiano Matthew Wilson venceu a segunda série com 2min06s67 e igualou o recorde mundial do japonês Ippei Watanabe, que havia sido estabelecido em janeiro de 2017, em Tóquio.
Já no revezamento 4 x 200m livre feminino, o time da Austrália, formado por Ariarne Titmus, Madison Wilson, Brianna Throssell e Emma McKeon, ficou com o ouro com o tempo de 7min41s50, o mais rápido de todos os tempos na prova, derrubando uma marca que a equipe chinesa havia estabelecido no Mundial de Roma, em 2009.
Brasil não avança nos 200m costas e 200m peito
Pela manhã desta quinta-feira na Coreia, noite de quarta-feira (24.07) no Brasil, dois nadadores disputaram as eliminatórias, mas não conseguiram avançar às semifinais. Nos 200m costas, Leonardo de Deus terminou a disputa da quarta série com 1min58s74 e acabou na 22ª posição na classificação geral (os 16 melhores avançavam às semifinais). Já nos 200m peito, Caio Pumputis errou um movimento e acabou desclassificado da disputa por uma vaga nas semifinais.

Investimento
Dos 21 atletas que nadarão no Mundial de Gwangju, 15 são beneficiados pelo Bolsa Atleta do Governo Federal. São eles: Bruno Fratus, Pedro Spajari, Luiz Altamir Melo, Fernando Scheffer, Breno Correia, Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Leonardo Santos, Caio Pumputis, Brandonn Almeida, Diogo Villarinho, Guilherme Costa, André Calvelo, Etiene Medeiros e Viviane Jungblut. O investimento nesses atletas é de R$ 1,2 milhão por ano.
Desses 15 nadadores, dez recebem a Bolsa Pódio, a mais alta categoria do programa, voltada para atletas com chances de medalha em Tóquio 2020. São eles: Brandonn Almeida, Bruno Fratus, Diogo Villarinho, Fernando Scheffer, Guilherme Costa, Guilherme Guido, João Lucas Gomes, Luiz Altamir Melo, Pedro Spajari e Viviane Jungblut. O investimento anual nesses atletas é de R$ 1 milhão.
No total, 263 nadadores de todo o país são bolsistas, fruto de um investimento de R$ 3 milhões por ano.

Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br
Luiz Roberto Magalhães, de Gwangju, na Coreia do Sul – rededoesporte.gov.br

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