No nado artístico, Brasil é 7º no dueto misto técnico no Mundial de Gwangju

5 anos ago 0

Time formado por Giovana Stephan e Renan Alcantra repetiu a melhor resultado do país em mundiais, igualando o desempenho em Budapeste 2017
Luiz Roberto Magalhães – de Gwangju, na Coreia do Sul – rededoesporte.gov.br
Fotos Satiro Sodré

Giovana, Renan. Dueto misto. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 15de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

O Brasil disputou, na tarde desta segunda-feira (15.07), em Gwangju, na Coreia do Sul, madrugada de segunda, no horário de Brasília, sua primeira final no Mundial de Desportos Aquáticos 2019. Competindo na piscina do Yeomju Gymnasiun, o time brasileiro, formado por Giovana Stephan e Renan Alcantra, avançou à disputa por medalhas no dueto misto técnico, prova não olímpica, com a 7ª melhor pontuação (78.1404) entre nove duplas que se apresentaram na fase classificatória, etapa em que os russos Aleksandr Maltsev e Mayya Gurbanberdieva obtiveram a maior pontuação, com 91,5578. Todos os nove duetos da primeira fase disputaram a final.

A dupla do Brasil buscava superar o resultado do Mundial de 2017, em Budapeste, na Hungria, quando Giovana e Renan terminaram em sétimo, o melhor resultado do país em Mundiais até então. Nesta tarde em Gwnagju, os dois, com uma nota maior do que na fase de classificação, 79.4495, igualaram o desempenho húngaro e, ao final da apresentação, ambos ficaram satisfeitos com a performance.
O ouro ficou com os russos Aleksandr Maltsev e Mayya Gurbanberdieva, com 92.0749. Os italianos Giorgio Minisini e Manila Flamini levaram a prata, com 90.8511, enquanto o bronze ficou com os japoneses Yumi Adachi e Atsushi Abe, com 88.5113.
“É uma grande responsabilidade representar o Brasil, ainda mais em uma final de Mundial. É nosso segundo Mundial juntos e estou muito feliz. Senti a Giovana do meu lado a nadada inteira e tudo o que a gente propôs para melhorar da eliminatória para a final a gente conseguiu alcançar. A gente conseguiu subir a nota e estou emocionado”, disse Renan, 23 anos, que desde criança treinava a modalidade, ainda em uma época em que o nado artístico era exclusivo para mulheres.

Giovana, Renan. Dueto misto. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 15de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Pioneirismo
“Eu comecei com sete anos. Meus pais foram atletas, meu pai era técnico de futebol, e eles sempre incentivaram os três filhos a fazer esporte. Aí minha mãe colocou os três nos saltos ornamentais, só que na piscina da frente treinava o nado sincronizado. Eu me apaixonei desde criança pelo nado, pedi para os meus pais para treinar e eles apoiaram”, recordou Renan.
“Só que eu não podia fazer o esporte porque era só para as mulheres. Então, no final de 2014 a Fina (Federação Internacional de Natação, que rege os desportos aquáticos) liberou a participação dos homens no esporte, criando o dueto misto. Em 2015 eu entrei na seleção e estou desde então, treinando sempre no Rio de Janeiro”, continuou o atleta do Flamengo.
O próximo desafio de Renan e Giovana é a disputa da classificatória do dueto misto livre, às 23h da próxima quinta-feira (18.07), no horário de Brasília. Apesar de a prova ter um nível técnico mais alto do que a dueto misto técnico, os brasileiros acreditam que podem ter um desempenho ainda melhor do que o desta segunda-feira. “No livre, a gente quer chegar a uma pontuação na casa dos 80, que é o que a gente está lutando”, ressaltou Giovana, 29 anos.
As técnicas da Seleção Brasileira Roberta Perillier e Andrea Curi também avaliaram como positiva a participação do Brasil no dueto misto técnico. “Tivemos uma melhora da eliminatória para cá, principalmente na parte dos elementos, que são os movimentos obrigatórios. Acho que nadamos melhor hoje e saímos bem mais confiantes. Ainda temos o dueto misto livre, que eu acredito que é mais forte do que a nossa rotina na técnica”, avaliou Roberta Perillier.

Giovana, Renan. Dueto misto. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 15de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Entenda o nado artístico
O nado artístico, que já foi chamado de balé aquático e de nado sincronizado, combina natação com música e dança. Eventos dentro desta modalidade são categorizados em solo, dueto, equipe, combinação livre e rotina de destaque, a depender do número de nadadores e também do tipo de rotinas, livres ou técnicas, de acordo com os requisitos. As rotinas livres não têm restrições de música ou coreografia, mas as rotinas técnicas exigem que os atletas executem elementos obrigatórios.
Trata-se de um esporte que exige habilidades específicas do atleta na água, como força, resistência, flexibilidade, domínio das coreografias e principalmente sincronismo perfeito com a parceira ou os parceiros.
Quem pratica esse esporte, além da graciosidade e da técnica, necessita ainda ter bastante controle da respiração, principalmente para executar movimentos estando de cabeça para baixo na água. É por isso que os atletas usam um tampão no nariz.
Os competidores podem obter pontuações que variam de 0 a 10. Durante as provas, todos os julgamentos são feitos do ponto de vista da perfeição com cada transição realizada na apresentação e as notas são dadas de acordo com a seguinte escala:
» Perfeito 10 pontos
» Quase perfeito 9.9 – 9.5
» Excelente 9.4 – 9.0
» Muito Bom 8.9 – 8.0
» Bom 7.9 – 7.0
» Competente 6.9 – 6.0
» Satisfatório 5.9 – 5.0
» Deficiente 4.9 – 4.0
» Fraco 3.9 – 3.0
» Muito fraco 2.9 – 2.0
» Difícil reconhecer 1.9 – 1.0
» Completamente falho 0

Giovana, Renan. Dueto misto. Campeonato Mundial dos Esportes Aquáticos. 15de Julho de 2019, Gwangju, Coreia do Sul. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Investimento
Onze dos 12 atletas da Seleção Brasileira de nado artístico que competem no Mundial de Gwangju são beneficiados pelo Bolsa Atleta, o maior programa de patrocínio individual a atletas do planeta.
São bolsitas: Anna Giulia Veloso, Gabriela Teixeira, Giovana Stepham, Julia Soares, Laura Miccuci, Lorena Molinos, Luisa Borges, Maria Bruno, Maria Clara Coutinho, Maria Eduarda Miccuci, Vitoria Casale. O investimento anual nessas atletas é de R$ 425,7 mil.
Do grupo, Luisa Borges e Maria Clara Coutinho recebem a Bolsa Pódio, a maior categoria do programa Bolsa Atleta. O investimento anual para as duas é de R$ 192 mil.
No total, 49 atletas do nado artístico brasileiro recebem o benefício, fruto de um investimento anual de R$ 810,9 mil.

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