António Machado «Há uma nova forma de encarar o polo aquático português»

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António Machado, treinador da seleção feminina de Portugal, fez para o site da FPN o ponto de situação da preparação das suas pupilas e define objetivos para a temporada que passam pela tentativa de apuramento para o Europeu – «O nosso grande objetivo, que assumimos por inteiro, é a qualificação para o Europeu que se realiza em janeiro de 2024» – e a participação no Mundial de juniores em Portugal.

António Machado: «As duas primeiras sessões de estágios realizados pela seleção feminina, 11 e 12 e 25 e 26 de março, uma a norte outra a sul, visou uma convocatória que abrange um grupo mais numeroso, com vista à preparação da qualificação do campeonato da Europa, mas também em simultâneo enquadrando as jogadoras juniores que irão participar em setembro o Mundial em Portugal. Estes dois períodos de trabalho visaram uma observação mais alargada. Já o próximo em abril, no período da Páscoa, vai ter a presença a pós convite de uma equipa dos Países Baixos com a qual vamos trabalhar e aí o grupo já será mais restrito das potencias convocadas para a qualificação do Europeu que será no final de junho. Depois do estágio da Páscoa voltamos a realizar um estágio enquadrado no início de maio. Gostaríamos de fazer mais, mas o calendário nacional não o permite. O que fizemos foi ajustar os períodos de trabalho ao calendário nacional o que nem sempre se consegue conciliar com as jogadoras que estão integradas em equipas estrangeiras. Uma dificuldade que temos, mas que todos os países que têm algum nível de polo aquático terão seguramente. Termos jogadoras a competir no estrangeiro é uma prova evidente que o nível do polo aquático português já está num patamar diferente do que estávamos habituados. Por outro lado, após a última competição, a Taça de Portugal, a 11 de julho, iremos entrar em estágio para a qualificação do Europeu que será a 23, 24 e 25. O nosso grande objetivo, que assumimos por inteiro, é a qualificação para o Europeu que se realiza em janeiro de 2024. Há 10 anos que não participamos num Europeu e, portanto, desde que eu e o Ferran Pascual assumimos as seleções nacionais o grande objetivo está traçado – é voltarmos a colocar Portugal no Europeu. Não o conseguimos na época passada. O grupo que nos saiu, teve só o 6.º e 7.º que depois ficaram em termos europeus. A sorte dá trabalho e, portanto, temos é de realizar muito trabalho e depois esperarmos sermos felizes quando houver essa necessidade. Estou convencido que se houver empenho, dedicação de todos os intervenientes de todos desde a direção da FPN, até à 15 jogador penso que iremos atingir esse objetivo. No âmbito geral há uma nova forma de encarar o polo aquático nacional. Uma maior atenção. Um grupo mais alargado e preocupado com os problemas do polo aquático. A solicitarem o que é necessário. A mentalidade mudou. Sem compromisso não há investimento, como já referiu o presidente da FPN, com quem concordo. Quando assim é há que responsabilizar e eu responsabilizo-me por isso. Sinto isso por parte da federação e dos atletas. Estamos num ano decisivo porque temos uma boa geração, conciliada com jogadoras mais velhas, com experiência. Temos no máximo quatro que estiveram no último europeu. Será uma oportunidade única que ninguém deve desperdiçar. Estou consciente disso e estamos disponíveis para dar tudo para nos preparamos da melhor forma. Se depois isso vai chegar ou não os resultados o dirão. Temos de ter consciência de que fizemos tudo para o conseguir. Se isso assim fôr fico satisfeito e vamos conseguir.»