Fatos que tornaram o Mundial paralímpico de natação em Manchester marcante

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O Brasil fez campanha histórica no Mundial paralímpicos de natação no mes de agosto deste ano. Em Manchester, Inglaterra, entre os dias 31 de julho e 6 de agosto, a equipe de natação ficou na quarta posição geral, superando a anfitriã Grã-Bretanha. Em quantidade de medalhas de ouro, a campanha só não foi superior às realizadas na Ilha da Madeira, Portugal, no ano passado, e na Cidade do México, em 2017. No entanto, em números totais, a do Reino Unido foi a segunda, à frente da feita na capital mexicana (veja mais abaixo). Além desses números, outros fatos tornaram os Mundiais de atletismo e natação marcantes para o Brasil.

Confira:

100ª medalha de ouro em Mundiais de natação

A Seleção Brasileira de natação paralímpica rompeu a barreira das 100 medalhas de ouro na história dos Mundiais da modalidade. O 100º ouro do país foi conquistado no segundo dia de provas em Manchester, pelo carioca Douglas Matera, campeão nos 100m borboleta da classe S12 (baixa visão). 

O Brasil participa da competição desde a edição de estreia, em Valletta, Malta, em 1994. À ocasião, a primeira medalha dourada brasileira foi obtida por José Afonso Medeiros, o Caco, no dia 4 de novembro, na prova dos 50m borboleta da classe S7 (limitações físico-motora).

No Reino Unido, em sete dias de evento, a Seleção Brasileira obteve 46 pódios (16 ouros, 11 pratas e 19 bronzes). Com isso, na história, o país agora soma 114 ouros, 73 pratas e 107 bronzes, ou seja, 294 medalhas no total.

Carol Santiago: oito pódios em sete dias de Mundial de natação

A nadadora pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (baixa visão), foi a atleta que mais ganhou medalhas no Mundial de natação de Manchester – independentemente de gênero.

Ela fechou a competição com oito medalhas em oito provas disputadas: cinco ouros (100m borboleta, livre e costas, 50m livre e revezamento misto 4×100m livre – 49 pontos), uma prata (100m peito) e dois bronzes (revezamento misto 4x100m medley – 49 pontos e 200m medley).

Além disso, bateu o recorde mundial nas eliminatórias dos 50m livre ao fazer a distância em 26s65. Antes, a melhor marca era da própria pernambucana, que, em março, nadou em 26s68, na Itália.

Participação feminina no Mundial de natação paralímpica

O Brasil foi representado por 15 atletas mulheres e 14 homens no Mundial de natação paralímpica de Manchester. Na comparação com a edição anterior, na Ilha da Madeira, em Portugal, houve um aumento de 25% na participação feminina, ocasião em que a Seleção foi composta por 17 representantes masculinos e 12 mulheres.

No Reino Unido, dos 29 atletas brasileiros convocados, 13 nadadoras subiram ao pódio ante 12 nadadores. Além do recorde mundial quebrado por Carol Santiago, outras três mulheres do Brasil estabeleceram novas marcas na competição em provas individuais.

Ouro nos 100m peito S14 (deficiência intelectual), a paranaense Débora Carneiro bateu o recorde das Américas, com o tempo de 1min15s10. A potiguar Cecília Araújo, da classe S8 (limitação físico-motora), dona de duas medalhas de ouro (50m e 100m livre) e três de bronze (400m livre, revezamento misto 4x100m medley – 34 pontos e revezamento misto 4x100m livre – 34 pontos), também registrou uma nova marca continental. Fez os 50m livre em 30s03.

Por fim, a fluminense Mariana Gesteira, da classe S9 (limitação físico-motora), nadou os 50m livre em 27s70, novo recorde das Américas também. A atleta saiu de Manchester com cinco pódios: prata nos 100m livre, bronze no revezamento misto 4x100m medley – 34 pontos, bronze nos 100m costas, ouro nos 50m livre e bronze no revezamento misto 4x100m livre – 34 pontos.

12 recordes das Américas quebrados em Manchester

A delegação brasileira foi responsável pela quebra de 12 recordes das Américas, em sete dias, durante o Mundial de natação paralímpica de Manchester. Essa conta não considera a marca mundial estabelecida por Carol Santiago nos 50m livre. Confira os recordes continentais registrados pelos Brasileiros na Inglaterra:

Mariana Gesteira (S9) – 50m livre: 27s70

Revezamento misto 4x100m livre – 34 pontos: 4min07s27

Revezamento misto 4x100m medley – 34 pontos:4min35s30

Revezamento misto 4x100m medley – 49 pontos: 4min28s63

Cecília Araújo (S8) – 50m livre: 30s03

Talisson Glock (S6) – 400m livre: 4min52s42

Gabriel Araújo (S2) – 100m costas: 1min55s34

Douglas Matera (S11) – 100m borboleta: 58s28

Samuel de Oliveira (S5) – 50m borboleta: 31s21

Gabriel Araújo (S2) – 50m livre: 51s30

Samuel de Oliveira – 50m livre: 31s58

Débora Carneiro – 100m peito: 1min15s10

Assessoria de comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

Foto: Alessandra Cabral/CPB