Mundial de natação paralímpica Brasil volta para Inglaterra após aumento de 211% em pódios obtidos

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A Seleção Brasileira de natação paralímpica chegará nesta sexta-feira, 28, em Manchester, Inglaterra, sede do Mundial da modalidade, entre os dias 31 de julho e 6 de agosto. A competição volta para o Reino Unido após quatro anos, depois da edição de Londres 2019, ocasião em que o Brasil ficou na 11ª posição ao conquistar 17 medalhas, sendo cinco ouros, seis pratas e seis bronzes.

Entre os dois torneios em solos ingleses, houve o Mundial da Ilha da Madeira, Portugal, em junho do ano passado, oportunidade em que a Seleção Brasileira fez a melhor campanha de sua história, ficando na terceira colocação, com 53 pódios (19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes. Ou seja, o Brasil registrou um aumento de 211% em medalhas obtidas antes de o Mundial retornar para a Inglaterra.

Além do crescimento em número de pódios, a Seleção Brasileira também registrou mais nadadores medalhistas na comparação entre Londres e Ilha da Madeira. Há quatro anos, na capital inglesa, oito atletas do Brasil subiram ao pódio ante 26 em Portugal. Ainda nesse período, o país também teve um desempenho histórico nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, em meio à pandemia de Covid-19. No megaevento, os nadadores brasileiros conquistaram 23 medalhas (oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze) e terminaram a competição em oitavo lugar – tanto no ranking por medalhas de ouro quanto pela soma geral dos pódios.

Para o técnico-chefe da Seleção Brasileira de natação paralímpica, Leonardo Tomasello, a melhora dos resultados na modalidade é fruto de um maior investimento feito pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), bem como da preparação dos atletas em seus estados natais. “Hoje, vemos atletas com equipes multidisciplinares em diversas regiões do país. Além disso, há os Centros de Referência do CPB, com oferta de estrutura e capacitação para nadadores e treinadores em todo o território nacional. Tudo isso se reflete no desempenho da Seleção nas competições internacionais. Para o Mundial de Manchester, estamos com uma equipe bastante qualificada e experiente. A expectativa é de que consigamos fazer uma excelente campanha novamente”, avaliou o treinador.

O Mundial de natação paralímpica de Manchester começará no dia 31 de julho e será encerrado em 6 de agosto. A Seleção Brasileira será representada por 29 atletas de 10 estados (CE, MG, PA, PE, PR, RJ, RN, RS, SC e SP), sendo que são 15 mulheres (51,7%) e 14 homens (48,3%).  Parte da delegação pousará na cidade inglesa nesta sexta-feira, 28, depois de uma semana de aclimatação em Rio Maior, Portugal.

A média de idade é de 28,2 anos. O nadador mais novo é o paulista Samuel de Oliveira, com 17 anos, nascido no dia 28 de agosto de 2005, e a representante mais velha é a gaúcha Susana Schnarndorf, 55, que nasceu no dia 12 de outubro de 1967.

Além disso, cinco atletas (17,2%) são atuais detentores de recordes mundiais: Carol Santiago, da classe S12, baixa visão; Gabriel Araújo (S2, comprometimento físico-motor); Gabriel Bandeira (S14, deficiência intelectual); Samuel Oliveira (S5, comprometimento físico-motor) e Talisson Glock (S6, comprometimento físico-motor). Ao todo, os cinco brasileiros são donos de nove melhores marcas do planeta. No entanto, apenas três dessas provas estarão no programa do evento em Manchester: 50m livre da classe S12, 100m borboleta e 200m medley da classe S14.

O maior medalhista brasileiro na competição nesta atual delegação é o pernambucano Phelipe Rodrigues, com 17 conquistas em seis edições. No Reino Unido, ele buscará seu 20º pódio em Mundiais.

Em relação às deficiências, a delegação é composta por cinco nadadores com deficiência visual (17,2%), cinco com deficiência intelectual (17,2%) e 19 com comprometimentos físico-motores (65,6%).

A composição da delegação brasileira foi feita com base nos 21 nadadores que atingiram índices estipulados pelo CPB em duas seletivas: o Open Internacional de natação e a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa da modalidade. Ambas as competições foram realizadas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, neste ano. Além disso, outros oito nadadores foram convocados pelo Índice Mínimo de Qualificação (MQS, na sigla em inglês) do Mundial e por terem as melhores marcas para revezamentos.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

FOTO Alessandra Cabral/CPB