🚨 Os atletas do Mundial de Águas Abertas deram o recado: “Chega de colocar a imagem acima da saúde!”

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Em Singapura, durante o Mundial de Águas Abertas, os principais nomes da modalidade, como Florian Wellbrock e Gregorio Paltrinieri, usaram o pódio para protestar contra as condições perigosas das provas: temperaturas acima do limite e níveis elevados de bactérias como E. coli colocaram os atletas em risco mais uma vez.

Na prova olímpica dos 10 km, as mulheres só competiram com um dia de atraso após a água ser considerada imprópria. Mesmo assim, a temperatura estava próxima dos 31°C, o limite máximo permitido. Florian comparou a sensação com estar “dentro de uma lavadora a 40 graus”. Já Paltrinieri foi direto:

“Foi uma das provas mais extremas e mal organizadas que já enfrentei. Estão brincando com a saúde dos atletas.”

💧 Segundo especialistas, em uma prova de 10 km, os nadadores chegam a engolir o equivalente a uma lata de refrigerante de água do local.

O espanhol Alberto Martínez relatou que, após nadar em condições semelhantes em Tóquio, precisou ser hospitalizado com diarreia, vômitos e infecção. Ele alerta: “Estão priorizando o visual da prova para a televisão, não o bem-estar de quem compete.”

🏊‍♀️ A ex-nadadora olímpica Erika Villaécija também fez um alerta contundente:

“Já nadei em águas a 16°C e é possível usar neoprene. Mas com calor extremo, não há como se proteger. Falta um plano B que garanta a segurança.

Sediar provas em regiões quentes, próximas a portos ou com histórico de contaminação não deveria ser uma opção, mas tornou-se padrão: Tóquio, Doha, Fukuoka, Paris, agora Singapura…

A situação exige mudanças urgentes. Afinal, o limite foi criado após a morte trágica de Francis Crippen, em 2010, em prova sob calor extremo. E ainda assim, seguem testando os limites.

Foto: Maddie Meyer / Getty