Poliana Okimoto entra para o International Marathon Open Water Swimming Hall of Fame

6 anos ago 0

Pioneira na maratona aquática mundial, Poliana Okimoto marcou seu nome na história mais uma vez. No último sábado (31), em Londres, na Inglaterra, a ex-nadadora entrou para o International Marathon Open Water Swimming Hall of Fame. Ela é a primeira mulher brasileira a fazer parte do Hall da Fama.
“É um reconhecimento que estou tendo. Tantos anos de luta, títulos e derrotas. O pioneirismo foi super importante para a modalidade no Brasil. É um reconhecimento da minha carreira e da maratona aquática no Brasil”, disse a ex-nadadora na premiação.
Aposentada no fim de 2017, Poliana continua dando suas braçadas e criou sua equipe de natação e maratona aquática junto do seu marido e treinador durante anos, Ricardo Cintra.
“Continuo nadando, é o que eu gosto de fazer. Sem aquela rotina maluca de treinos para competições e tudo mais, mas não consigo ficar longe de onde estive minha vida toda”, completou.
Ao lado de Poliana e de seu marido, Ricardo Cintra, o supervisor de maratonas aquáticas da CBDA, Ricardo Ratto, esteve presente na cerimônia e entregou a condecoração à ex-nadadora.
Além de Poliana e do próprio Ricardo Ratto, Abílio Couto e Igor Souza fazem parte do International Marathon Open Water Swimming Hall of Fame.

Carreira
Paulistana, nascida no dia da mulher, Poliana Okimoto começou a nadar aos 2 anos e, segundo a mesma, não conseguirá parar nunca. Profissionalmente, competiu dos 13 aos 34. Não só competiu. Fez história. Foi a primeira brasileira medalhista em Mundiais (Nápoles 2006), um ano depois, no Rio, conquistou a primeira medalha em Jogos Pan-Americanos para o Brasil.
Em 2009, foi a primeira atleta a se tornar campeã da Copa do Mundo na distância Olímpica e estabeleceu o recorde de número de vitórias em uma mesma temporada (nove vitórias em 11 etapas).
Precursora na maratona aquática do Brasil, Poliana abriu portas para a nova geração espetacular da modalidade no país. Durante sua carreira profissional na maratona aquática, participou de todas as edições de Jogos Olímpicos até se aposentar. Talvez em seu melhor momento na carreira, passou pela frustração de não completar a prova em Londres 2012, quando sofreu com as águas geladas do lago Serpentine, no Hyde Park, e só saiu da prova após ter uma hipotermia constatada.
Um ano depois, contudo, ela iniciou sua recuperação com o título do Campeonato Mundial em Barcelona. Ficara para o Rio de Janeiro, onde já havia marcado seu nome para a história, conquistar o maior feito de uma nadadora brasileira até hoje: a medalha olímpica nos Jogos Rio 2016. Mesmo depois de ter feito tanto pelo esporte, ela afirma que ainda quer mais. Agora, ela pretende formar novos campeões e cidadãos.

Departamento de Comunicação – CBDA
Fotos: Divulgação/CBDA