OPINIÃO – Equipe de natação em missão do COB e CBDA em Portugal desencadeia revolta das nadadoras brasileiras

4 anos ago 0

Um grupo de atletas brasileiros selecionados para a Missão Europa viajou nesta sexta-feira para Portugal com uma polêmica na mala. A diferença entre homens e mulheres na equipe de natação escancarou a desigualdade entre homens e mulheres no esporte e desencadeou uma onda de manifestações. Do total de 15 nadadores selecionados para o projeto, só há uma mulher, Viviane Jungblut.
Coube à ex-atleta da maratona aquática Poliana Okimoto puxar a fila. A campeã mundial em 2013 e bronze olímpico em 2016 publicou um desabafo em sua conta no Instagram no qual desabafa sobre a falta de apoio às mulheres.
“Fico me perguntando, tentando ver o que poderia estar de errado, já que temos grandes atletas, grandes técnicos e clubes incríveis no Brasil. Só sei q o que não vejo mesmo é incentivo. Incentivo para as mulheres praticarem a natação com grandes objetivos, incentivo a essas mulheres irem disputar grandes torneios, treinar com as melhores do mundo… pelo contrário, o que vejo cada dia mais é que as meninas desde novinhas percebem a dificuldade que é em estar e permanecer na Seleção Brasileira. Pela falta de apoio, por acharem que não estão fazendo diferença, por serem sempre renegadas, pela falta de fé no trabalho delas, por acharem que estão sempre “lutando” sozinhas.”, diz trecho do depoimento de Poliana
O texto de Poliana serviu como um estopim. Em seguida, diversas nadadoras a apoiaram e também desabafaram. Foi o caso de Larissa Oliveira, dez vezes medalhista em Jogos Pan-americanos.
“Infelizmente isso ocorre há anos e ninguém (seja confederação, comitê, clube e até mesmo nossos treinadores) fazem algo em prol da gente. E além de toda dificuldade que já existe para crescer e manter em alto nível, ainda nos boicotam, nos culpam ou nos taxam de loucas quando levantamos a nossa voz para sermos ouvidas. Nós não pedimos pena, compaixão ou dó, queremos apoio, atenção e incentivo. O resto deixa com a gente que resolvemos”.
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) adotou como critério convocar todos os atletas que obtiveram, em 2019, tempos da marca A estabelecida pelo Comitê Olímpico Internacional. Uma suposta meritocracia que acaba reproduzindo vícios estruturais.
“O fato de eu achar que temos alguma culpa só mostra o quanto enraizaram isso na gente”, desabafa Pâmela Alencar, do Pinheiros.
“Excelente leitura da nossa realidade! Às vezes me pego perdida tentando entender, ou imaginando o que eu poderia fazer para melhorar essa situação. Eu sei que não é de um dia para o outro, mas algo tem que ser feito”, completou Lorrena Ferreira, também do Pinheiros.
A discussão não parou na disparidade do tratamento concedido a homens e mulheres. A diferença de gênero existente nas comissões técnicas também foi lembrada.
“E não é coincidência como essa desproporção se reflete na comissão técnica, tanto da seleção como dos clubes brasileiros”, destacou Renata Sander, do Minas Tênis Clube.

FONTE YAHOO NOTÍCIAS
https://br.noticias.yahoo.com/com-uma-mulher-e-14-212333018.html

FOTO Satiro Sodré SSPress

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